Puzzleando

O puzzle da existência é deveras complicado. Além de que tem demasiadas peças e todas se emaranham umas nas outras, dificultando a nossa tarefa até ao extremo Por outro lado, cada vez que se perdem peças pelo caminho, torna-se quase impossível tapar os buracos que ficam espalhados pela imagem. Mas, mesmo que tenhamos a sorte de disfarçar o erro, a verdade é que as lacunas permanecem, ocultadas pela nossa vontade em esconder que sentimos a sua falta. A tarefa parece interminável, com peças novas a surgir ininterruptamente... depois há aquelas falsas, que apenas nos fazem perder tempo, uma vez que não encaixam em lado nenhum. Para além de que, obscurecidos pelas sombras da realidade, muitas vezes colocamos peças mal posicionadas, pois dão-nos a ilusão de encaixar no sítio que pertence a outras. Ou seja, tudo isto é canseira.Põe-se, tira-se, muda-se, perde-se, ganha-se,... todo um ciclo contínuo que se alarga para além da própria imagem que pertendemos construir. Cada peça é única e, por muito que se defenda que apenas o resultado final importa, a verdade é que, sem aquelas pequenas peças que apelidaram de "insignificantes", o puzzle resumir-se-ia a nada.


By: Sara Q.



Mais um texto do fotolog (29/08/2009)

Aqui espero

Quanto tempo passou e já não volta.
Continuo a observar, ao longe, aquele meu pedaço de Céu, aquele lugar só meu.
Custa lá chegar, as pernas fraquejam e o coração perde-se num emaranhado de emoções que não distingue. Não sei quem sou, estou aqui mas ao mesmo tempo não.
Relembro cada momento, cada sorriso que partilhei, cada palavra que me transmitiram... Porque não volto? Sim, porque não me perco de novo naquela idealização que concebi?

Apenas sei que desconheço a verdadeira realidade, porque por mais dura ou sensacional que seja, o pior e o melhor estarão sempre para vir. Aqui espero.



By: Sara Q.


Um dos textinho do meu fotolog (20-10-2008)

Só mesmo rir um bocadinho

Numa altura em que se fala da saturação dos adeptos em relação ao Paulo Bento e os responsáveis não agem, é preciso mesmo rir um bocadinho :D

Sporting vs. Fiorentina

Hoje vou falar de futebol. Isto porque estou demasiado enervada e cá em casa não consigo discutir assuntos relacionados com futebol. O meu pai é daqueles benfiquistas que tem memória curta e que se esquece que o ano passado ficou em terceiro. Depois, em vez de apoiar uma equipa portuguesa, prefere fazer pouco de tudo, mas vou passar isto à frente.
Embora não perceba muito de futebol, a verdade é que me procuro manter informada e atenta a tudo, principalmente quando joga o Sporting. Queixei-me das exibições e do treinador, só que hoje o protagonista foi mesmo o árbitro, que deu uma ajuda essencial à equipa italiana. Então, num jogo em que deveríamos ter jogado contra nove desde cedo, acabámos em inferioridade numérica.
Eu não sei se lá na Hungria as regras são diferentes, mas duvido. Neste caso, é uma vergonha ter um árbitro destes em competições europeias. Assim não seguimos em frente não!
Por outro lado, perdoem a minha ignorância se não vejo porque é que o Yannick continua a jogar em vez do Caicedo. Por dez minutos, penso que não seria nada de mais para o equatoriano; ou então deixava o Postiga que sempre fazia melhor figura.
Estou mesmo muito enervada! No entanto, não digo nada disto por parcialidade, mas sim por revolta face às arbitragens da actualidade; já o Benfica se queixou no fim-de-semana passado… parece que isto não vai mudar tão cedo.

Eternal sunshine of the spotless mind

Ouvi falar deste filme por acaso e, sem ver o trailer nem nada, decidi passar duas horas a ver o filme, sem saber o que esperar. Confesso que, grande parte do tempo, procurei conjugar o que se passava para perceber o encadeamento da história, coisa que só consegui no final. No entanto, assim que se compreende tudo, o filme torna-se mágico e uma autêntica lição de vida!

Deixo aqui um vídeo que encontrei com alguns dos melhores momentos. Enjoy!

Rumo ao infinito

Acordei sem inspiração. Parece um daqueles dias em que queremos fazer tudo e acabamos por não fazer nada. Bem, isso deu-me espaço para pensar e finalmente aceitei por completo o desafio de tentar escrever um livro. Pus as reticências de lado e vou tentar criar uma história, sem medo dos passos seguintes. Afinal, sempre me senti bem a escrever.
Não me vou preocupar com a rejeição ou não, o importante é divertir-me a escrever o “pseudo-livro”. E, quando o terminar, até posso tentar enviá-lo para uma editora ou assim, só numa experimentação; o que quero mesmo é escrever algo que me dê liberdade de conjugar vidas e ideias – escrever dá-me isso.
Depois, logo se verá.
Já tinha escrito um capítulo e agora estou com uma vontade enorme de continuar, de saber e dar a conhecer o que vai acontecer a seguir.
Isto também me aconteceu há uns três anos, quando escrevi meia dúzia de teatrinhos. Tinha apenas catorze anos e diverti-me imenso. No final, deixei os meus amigos mais próximos ler e, quando ganhava força para juntar um grupo para representar um deles, uma crítica de um adulto deitou-me abaixo.
Isto porque, na altura, não a julguei minimamente fundamentada. Assemelhava-se demasiado a uma crítica destrutiva, daquelas em que parece que não fizemos nada bem. A partir daí, ganhei uma barreira à minha volta que me impede de avaliar o que faço – para mim está sempre tudo mal… Nunca tinha contado a ninguém o motivo da minha dificuldade em lutar por aquilo que faço, mas soube bem desabafar pela primeira vez sobre isso.
Por outro lado, agora tenho a noção de que escrever um livro não é nada demais. Escrevo-o, deixo os teimosos que me convenceram lê-lo e fico com um pedaço da minha imaginação por entre folhas. Devo confessar que isso me dá vontade enorme de o fazer. Não pelos outros como tantas vezes julguei, mas por mim.






P.S: Agradeço o comentário a "um ser pensante", mas como o perfil não é partilhado, não sei onde retribuir o comentário.

Let's get started

O Inverno ganhava força, atenuando tudo e todos com os seus poderes. Provavelmente, poucas pessoas arriscariam uma saída de casa naquelas circunstâncias. No entanto, o nascimento de uma criança muda tudo – as prioridades, por exemplo. Assim sendo, lá se encaminharam os pais para o Hospital (há quase dezoito anos que isto aconteceu, é impressionante a velocidade com que o tempo passa).
Num parto minimamente normal, o bebé escapuliu-se para o exterior. Chamaram-lhe Sara. Os seus olhos verdes cativaram toda a gente, segundo relatam.
Essa menina cresceu, a passos largos rumo ao seu destino. Aproveitou e aprendeu com tudo o que a vida lhe ofereceu, procurando sempre retirar o melhor das coisas. Teve pena de perder os seus companheiros de batalha, uns pela distância, outros pelas escolhas, outros levados pela morte cedo demais. “A vida é assim”, ouve ininterruptamente.
Aos dezassete anos, a vida é uma incerteza. Os sonhos são muitos, mas há que manter os pés bem assentes na Terra. E, num futuro imprevisível, tudo pode acontecer!
Eu sou a Sara :D. O ontem é certo, o amanhã logo se vê.


O blog é mais um início, mais uma jornada. Aqui rumo sozinha – mas acompanhada por quem me quiser seguir – até para lá do horizonte.